Hamster Roborovski

Hamster Roborovski: conheça o menor hamster do mundo

Entre as quatro espécies domesticadas de hamsters no mundo, o hamster roborovski se destaca pelo tamanho e outras características únicas.

Popular em diversos países, o “robo hamster” tem uma domesticação mais recente, e acabou não chegando ao Brasil antes da proibição da importação de roedores. Assim, juntamente com o hamster chinês, trata-se de uma espécie que não pode ser encontrada em território nacional.

É muito comum, porém, encontrar outras espécies de hamster no Brasil sendo vendidas como se fossem o roborovski. Só por isso, já valeria conhecer um pouco melhor a espécie, eliminando, assim, os riscos de ser enganado.

Mas o fato, mesmo, é que qualquer curioso ou amante de animais — e especialmente, quem gosta de hamsters — certamente vai amar o roborovski. Além de muito fofos, eles são bastante inteligentes e divertidos, e não à toa vêm se tornando cada vez mais comuns como animais de estimação.

E enfim, se você mora em um país onde eles são permitidos, também vai encontrar aqui as melhores dicas de como cuidar deles. Desde a ambientação da gaiola aos brinquedos e itens ideais para alimentação, você encontrará tudo sobre como dar o melhor tratamento ao seu hamster roborovski.

Então, venha conhecer o menor hamster do mundo em todos os detalhes!

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Qual é o hamster roborovski?

O hamster roborovski é o menor dos quatro tipos de hamsters domesticados, e se diferencia deles, também, por outros detalhes na coloração e no comportamento.

Seu nome científico é Phodopus roborovskii, ou seja, fazem parte do grupo dos chamados hamsters anões, que inclui o hamster anão russo. Inclusive, na maioria dos casos, no Brasil, quando outras espécies são vendidas como roborovski, tratam-se, na verdade, de anões russos.

Alguns dos nomes pelos quais o roborovski é chamado incluem o termo “anão” (ou dwarf, em inglês) — isso quando ele não é chamado apenas de hamster anão (dwarf hamster). Outras denominações comuns são “hamster roborovski dwarf” ou “robo dwarf”.

Originário dos desertos asiáticos, especialmente da Rússia, Cazaquistão, Mongólia e China, tem preferência por terrenos arenosos e com pouca vegetação. Isso lhe garantiu também o título de hamster do deserto.

O hamster de roborovski foi descoberto em 1894, na Mongólia, pelo cientista russo Vsevolod Ivanovich Roborovski — recebendo, assim, o nome pelo qual é mais conhecido.

Mas só em meados do século XX, a espécie começaria a ser importada para a Europa, sendo por fim domesticada nos anos 1970. 

E somente em 1998, os hamsters roborovski foram levados aos Estados Unidos, onde se tornaram muito populares como pets. Essa data, porém, coincide com o ano em que foi proibida no Brasil a importação de várias espécies de animais, inclusive hamsters.

Características físicas

Na fase adulta, o comprimento de um roborovski varia entre 4,5 cm a 5 cm, pesando de 15 g até 25 g. Assim, esse é o menor e também o mais ágil entre todas as espécies de hamsters.

Ele tem os olhos pretos e, normalmente, possui pelos em tom arenoso nas costas e brancos na barriga e região próxima à face. O que o diferencia de outros hamsters é a falta de listras no dorso e a presença de uma pequena mancha branca acima dos olhos.

Sua cauda é muito pequena e quase não pode ser vista, ao contrário de seus bigodes, que são grandes e bem visíveis. Além disso, o hamster roborovski possui 4 dedos nas patas dianteiras e 5 nas traseiras. 

A visão debilitada quase não lhe permite o senso de profundidade. Por outro lado, o olfato e a audição são bem desenvolvidos, captando o menor ruído ou mudança de cheiro no ambiente e nos objetos.

Eventualmente, os machos podem estimular a glândula de cheiro localizada próxima ao seu umbigo, para assim espantar outros machos ou atrair fêmeas. A fêmea, por sua vez, pode soltar um odor desagradável quando estiver no cio ou caso se sinta ameaçada. Mas exceto nessas circunstâncias, os robo hamsters não costumam cheirar mal.

Seus dejetos também quase não têm cheiro, e mantendo a limpeza de sua gaiola, você não irá se incomodar com nenhum tipo de maus odores.

Em habitat natural, vive cerca de 1 ano, especialmente por conta da predação, perda de habitat ou desenvolvimento de doenças. Já em cativeiro, quando bem cuidado, pode viver de 2 a 3 anos, havendo casos em que chega a até 4. Dessa forma, é também o hamster que tem a vida mais longa.

Comportamento 

Sendo pequeno e delicado, o hamster roborovski desenvolveu uma grande agilidade para poder sobreviver em ambientes selvagens. Assim, tornou-se bastante veloz, e escapa dos lugares com muita facilidade.

Normalmente, ele tem um comportamento inquieto e nervoso, às vezes mal humorado, além de ser bastante independente. Dependendo de sua sua personalidade, porém, pode até ser simpático e brincalhão, mas sobretudo, é muito ativo. Vivendo na natureza, ele chega a correr 10 quilômetros por dia.

Quando convivem com o dono desde filhotes, roborovskis se tornam apegados e raramente mordem. Ao mesmo tempo, são particularmente tímidos e não gostam muito de ser pegos, acariciados ou mesmo tocados. Se estiverem em suas mãos, certamente tentarão escapar.

Assim como os outros hamsters, eles guardam comida, porém, não hibernam. São simplesmente sensíveis às temperaturas baixas e podem morrer se não forem mantidos aquecidos. Também por isso, em estado selvagem, constroem tocas que podem chegar a 90 cm de profundidade.

Mais uma diferença que eles têm dos outros hamsters é que são capazes de viver pacificamente em colônias. Normalmente, elas são formadas por 1 macho e muitas fêmeas. Quando socializados desde pequenos, todos dormem juntos em um só lugar.

Fêmeas, em geral, podem ser colocadas juntas, mas machos podem brigar até a morte. De qualquer maneira, para a criação em cativeiro, recomendam-se grupos de até três indivíduos, e desde que o alojamento seja grande o bastante. Ainda assim, podem ocorrer algumas brigas, então é bom estar preparado para separar os encrenqueiros.

Tipos de hamster roborovski

Atualmente, há 10 variações conhecidas de roborovski, sendo que a mais comum é a chamada agouti. Esta é a que possui a pelagem amarelada, barriga branca e manchas brancas no local das sobrancelhas.

Duas variações bem parecidas a esta são o hamster roborovski white face e o hamster roborovski husky. Ambos se diferenciam por ter a face completamente branca, mas além disso, a variação “husky” tem também uma pelagem mais pálida.

O roborovski branco de orelhas escuras é uma combinação desses dois, sendo totalmente branco, com um acinzentado na base dos pelos e nas orelhas. Já o hamster roborovski branco, como o nome já diz, é inteiramente branco.

Uma pequena variação dele, que ainda está sendo estudada, é o “black eyed white” (“branco de olhos pretos”). Já o “head spot” é inteiramente branco, com apenas uma mancha de cor na cabeça.

O roborovski manchado é basicamente branco com manchas espalhadas pelo corpo ou nas faces. As manchas são irregulares e apresentam cores variadas, indo do tom de areia ao preto, podendo incluir cinza ou azulado.

O chamado “red-eyed” (“de olhos vermelhos”)  tem uma coloração de canela, com a base dos pelos em tom de chocolate, orelhas pálidas e olhos vermelhos escuros.

Por fim, o hamster roborovski preto, ou azul, tem a pelagem preta, podendo apresentar uma tonalidade azulada. Esta é a variação mais rara do robo hamster.

Hamster roborovski ou russo?

O nome claramente de origem russa do hamster roborovski contribui para uma confusão bastante comum entre essa espécie e o hamster anão russo.

Conforme dissemos anteriormente, ambos pertencem ao mesmo gênero animal, chamado Phodopus, também conhecido como o grupo dos hamsters anões. Assim, muitas vezes por mera confusão, e outras  por má-fé, é possível encontrar anões russos sendo vendidos como se fossem roborovskis. 

O mesmo ocorre com outra espécie proibida: o hamster chinês, que também é bem pequeno e muitas vezes acaba sendo confundido com o anão russo. A proibição do hamster chinês e do roborovski no Brasil contribui para a falta de informação e conhecimento sobre essas espécies.

O anão russo tem em média 10 cm quando adulto e costuma apresentar coloração em diferentes tons de cinza, sempre mesclada com a pelagem branca. Sua variação conhecida como “winter white” pode ficar inteiramente branca no inverno, como uma tática natural de camuflagem em ambientes com neve.

Além disso, anões russos quase sempre possuem uma listra escura no dorso, indo da cauda até a cabeça.

O que diferencia o anão russo de outras espécies é o corpo mais arredondado, as patas peludas e o focinho curto. 

Hamster roborovski: reprodução

Roborovskis podem ser mais difíceis de acasalar do que outras espécies de hamsters. Afinal, o macho e a fêmea precisam realmente gostar um do outro para que a relação aconteça. Inclusive, esse vínculo entre eles tende a permanecer, de modo que machos e fêmeas podem criar juntos seus filhotes.

Ainda assim, após a cópula, as fêmeas tornam-se agressivas e devem ser separadas dos machos.

Na realidade, esses hamsters podem criar seus filhotes em colônias contendo muitos outros hamsters. Neste caso, inclusive, alguns hamsters podem tentar roubar os filhotes dos outros.

As fêmeas alcançam a maturidade sexual aos 4 meses, e não têm uma época específica de cio, que ocorre ao longo de todo o ano. Elas se tornam estéreis por volta dos 24 meses de idade, enquanto os machos tendem a ser férteis durante quase toda a vida. 

O ideal é que a reprodução ocorra entre dois hamsters com quatro a sete meses de idade, que sejam perfeitamente saudáveis ​​e que não possuam parentesco.

Em geral, roborovskis geram filhotes de 3 a 4 vezes por ano, com uma gestação que dura de 20 a 30 dias. As fêmeas grávidas raramente mostram sinais de gravidez até quase a data em que irão parir.  As ninhadas têm em média 6 filhotes, podendo atingir um total de 9.

A mãe pode comer os filhotes logo após o parto por conta de alguma perturbação ou quando a ninhada é mantida por mais de 3 ou 4 semanas ao seu lado. Portanto, recomenda-se que, logo após o desmame, os filhotes sejam separados de suas mães. 

Mas atenção para não confundir canibalismo com o transporte dos filhotes nas bochechas!

Desenvolvimento do hamster roborovski (filhote)

Os filhotes de roborovski nascem com cerca de 2 cm, cegos e completamente sem pelos, mais parecidos a feijões rosas. 

Por volta de 5 a 6 dias após nascerem, sua pele começa a apresentar alguma pigmentação, mas os pelos só aparecem entre os 6 e os 8 dias de vida. Os filhotes estarão inteiramente cobertos por uma pelagem curta em torno de 10 a 12 dias. Nesse período, também, suas pestanas começam a endurecer. 

Ainda cegos, neste momento, os filhotes já começam a explorar o espaço da gaiola, sendo recolhidos de volta ao ninho pelas mamães preocupadas. Isso faz com que os bebês emitam um chiado agudo, que é perfeitamente natural. 

Os olhos se abrem por volta dos 14 a 16 dias, quando seus corpos já estão completamente cobertos de pelos. 

Recomenda-se não tocar nos filhotes e nem mesmo espiar ou mexer na gaiola até mais ou menos esse período, entre os 10 e 15 dias de vida. Isso porque, se os pais se sentirem ameaçados ou perceberem um cheiro desconhecido em seus bebês, é muito provável que os acabem devorando.

O mesmo pode ocorrer se os filhotes permanecerem com a mãe após o desmame, que ocorre por volta das 4 semanas de idade.

Como cuidar do hamster roborovski

Para cuidar corretamente de um hamster roborovski, é preciso conhecer bem suas características e comportamentos e garantir que eles serão desenvolvidos naturalmente. Isso significa respeitar sua natureza em aspectos como os hábitos noturnos, ou sua tendência a roer tudo o que encontra, cavar e se aninhar, etc.

Por conta do seu tamanho, timidez e agilidade, em geral, os roborovskis são mais indicados para pessoas que preferem observar a brincar com eles. São pouco indicados para crianças, por exemplo, que gostam de pegá-los e afagá-los. Inclusive, devido à sua fragilidade, qualquer contato precisa ser bastante cuidadoso.

A seguir, você encontra as melhores dicas de como cuidar do robo hamster, incluindo itens que não podem faltar para sua alimentação, conforto e segurança.

Alimentação

Como todos os hamsters, roborovskis são animais onívoros, ou seja, comem de tudo, desde plantas a pequenos insetos. 

Além de grãos e sementes, ofereça ao seu pequeno roedor verduras como espinafre, rúcula, acelga, escarola, couve, cenoura ou alface. As frutas podem ser consumidas quase todos os dias, sendo bastante recomendadas a maçã, banana, toranja, kiwi e pera, sempre em pedaços bem pequenos.

A necessidade de proteína pode ser suprida com gema de ovo, queijo sem sal, fiambre de peru ou até pasta de cria para aves insectívoras. Mas leve sempre em consideração o seu tamanho e peso para não exagerar na quantidade.

Naturalmente, o hamster roborovski também pode consumir ração especial, principalmente contendo grãos e sementes e evitando as rações com corante. Também é importante observar que as sementes sejam pequenas para corresponder ao tamanho do seu corpo

O ideal é que a ração contenha: milho vermelho, branco e comum, aveia descascada, trigo integral, sementes de girassol, alpiste, cártamo, pápulas, linho, ervilhas e ervilhaca,  katjang, sorgo, niger, cevada e canola.

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Gaiola

O maior cuidado que você precisa ter ao escolher uma gaiola para um hamster roborovski é se lembrar de que ele pode fugir por entre as grades. Afinal, além de pequeno, ele é também muito ágil, inteligente e flexível.

Nesse sentido, se escolher uma gaiola clássica, com barras de metal, garanta que o espaço entre elas seja pequeno o suficiente para impedi-lo de escapar. Mas você também pode pensar em alternativas como terrários, caixas organizadoras ou mesmo grandes tanques.

O que não pode é faltar espaço ou, no mínimo, atrativos como a roda ou outros brinquedos que lhe permitam gastar toda a sua energia!

A gaiola também precisa ser forrada com areia, serragem ou granulado. As aparas devem ser de madeiras duras como álamo, evitando-se madeiras macias como pinho ou cedro, que podem conter químicos prejudiciais à saúde do pet.

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Além disso, providencie um comedouro e bebedouro, lembrando que os bebedouros de coelho são os mais adequados. Acrescente também um ninho ou materiais para que ele mesmo o construa.

Os melhores materiais para ninho são o feno, musgo, folhas ou papel higiênico sem cheiro, que podem todos ser facilmente triturados e digeríveis. Já os materiais que se separam em fios finos ao ser mastigados, como o algodão, representam um risco à saúde dos hamsters, quando ingeridos. 

Ambiente

Até aqui, você já percebeu que os hamster roborovskis tendem a se assustar com muita  facilidade. Sendo assim, na hora de escolher um local para deixar sua gaiola, procure levar esse fator em conta e procurar um lugar tranquilo.

Ambientes silenciosos e com pouca luz são os ideais para esse tipo de hamster. Especialmente durante o dia, horário em que ele geralmente está dormindo, é bom afastá-lo dos locais de maior movimento e incidência de luz solar.

Considerando-se ainda que se tratam de animais noturnos, vale lembrar que é nesse período que ele estará ativo e irá realizar suas atividades. Portanto, certifique-se de que não vai se incomodar com qualquer ruído que ele possa fazer enquanto você estiver dormindo! 

A temperatura ideal vai dos 20ºC aos 26ºC, sendo que as temperaturas mais elevadas provocam stress e as muito inferiores podem ser fatais. 

Se tiver controle sobre a umidade relativa do ambiente, recomenda-se mantê-la entre os 30% e os 70%.

Atividades

Procure oferecer ao seu robo hamster o maior número de possibilidades de gastar energia com atividades do seu interesse.

Nesse sentido, quanto mais profunda for a camada de substrato no ambiente em que ele vive, mais profundamente ele poderá cavar para se aninhar. Montes de serragem também serão atraentes para fazer escaladas, assim como grades — que podem ser as da própria gaiola.

Aliás, quanto maior for a gaiola, melhor para ele. Você também pode criar circuitos para que ele circule por outros ambientes da casa, sempre cuidando para não lhe dar muitas chances de escapar. Afinal, caso ele venha a se esconder, pode ser muito difícil tornar a encontrá-lo.

A tradicional roda para hamsters, ou um globo, também serão muito apreciados pelo seu pet. 

Lembre-se também que um dos principais hábitos desse tipo de animal é roer. Portanto, se você não lhe der objetos para roer, ele vai fazer isso com qualquer coisa que encontrar, incluindo brinquedos. Acessórios de madeira ou feno de capim são boas alternativas para que ele roa à vontade.

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Higiene

Assim como os gatos, o hamster roborovski se responsabiliza pela própria higiene. É até mesmo contra indicado lhe dar banhos, sob o risco de remover uma camada vital de óleos protetores de sua pele.

Em caso de necessidade, por questões de saúde, um prato raso de água morna pode ser usado para remover substâncias nocivas da pele do pet.

Além da higiene com saliva, os hamsters também costumam fazer a higiene rolando na areia. Existem areias próprias para a higiene de roedores, como você pode conferir clicando no link abaixo:

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Por outro lado, a limpeza da gaiola e dos acessórios de atividades e alimentação é uma responsabilidade inteiramente do tutor. É muito importante, por exemplo, não deixar nenhuma comida apodrecendo escondida lá dentro e ao alcance do seu hamster.

Nesse sentido, recomenda-se fazer uma vistoria diária, substituindo também a água do bebedouro. Dependendo da forragem utilizada, as trocas deverão ser mais ou menos frequentes, podendo ser necessárias a cada dois ou três dias, ou semanalmente.

Caso utilize produtos químicos para limpar a gaiola e utensílios — e mesmo se usar sabão ou detergente — lembre-se de eliminar todos os resíduos antes de recolocar o seu hamster no lugar.

Doenças comuns

As doenças mais comuns em roborovskis são diarreias provocadas pela alimentação inadequada e infecções que eventualmente podem levar à morte, bem como  parasitas internos e externos.

Quando sofrem uma queda de lugares altos, podem apresentar paralisia das patas traseiras, que tendem a ser somente uma reação ao estresse. Nesse sentido, algumas horas de repouso devem bastar para que ele recupere o movimento. Caso isso não aconteça, aconselha-se consultar o veterinário(a).

Se estiver localizado em um ponto da casa onde passem correntes de ar ou ocorram mudanças bruscas de  temperatura, seu robo pode sofrer de pneumonia. Neste caso, remova-o para um lugar mais quente e confortável, onde a pneumonia deve melhorar naturalmente dentro de alguns dias.

Algumas vezes, o hamster roborovski pode sofrer uma oclusão das bochechas, que o torna incapaz de expulsar os alimentos ali armazenados. Se isso acontecer, recomenda-se levá-lo ao veterinário(a) o mais rápido possível.

Lembrando que o profissional mais apto para atender essa espécie é o especialista em animais exóticos.

Roborovski transmite doenças?

Em geral, o risco de desenvolver uma doença transmitida pelo hamster roborovski é muito baixo. Ainda assim, recomenda-se tomar cuidado, e em especial, mantê-lo afastado do rosto e lavar bem as mãos após o contato.

Há registros de pessoas que apresentaram asma após adquirirem este pet, sendo que anteriormente eram assintomáticas.

Além disso, assim como os ratos, os hamsters podem ser infectados pela leptospira e se tornar transmissores. Essa possibilidade, porém, é praticamente inexistente quando o animal é mantido em condições adequadas de higiene.

Também como outros roedores, roborovskis podem ser portadores do vírus da coriomeningite linfocítica (LMCV). Esse vírus causa uma doença neurológica em seres humanos com sistema imunológico comprometido ou em fetos durante a gestação.

Os hamsters infectados podem não apresentar nenhum sinal da doença e, ainda assim, transmitir o vírus por até 8 meses.

Por esse motivo, recomenda-se que mulheres grávidas ou pessoas imunocomprometidas evitem a manipulação dos hamsters e redobrem os cuidados de higiene caso o façam. 

Hamster roborovski: onde comprar?

Os hamsters em geral são muito fáceis de achar e estão entre os animais de estimação mais baratos para a compra. Na OLX, por exemplo, os filhotes de hamster custam em média R$32, mas é possível encontrá-los até mesmo para doação em grupos da internet.

Porém, não se tem notícias de que o robo hamster realmente exista no Brasil. Portanto, infelizmente, não é possível encontrar hamster de roborovski nem na OLX nem em nenhum pet shop do país.

Comum na Europa e nos Estados Unidos, muito populares na Rússia e, especialmente, na Coreia do Sul, o roborovski é também o tipo de hamster mais caro.

Nos Estados Unidos, o valor do hamster roborovski vai de 15 a 35 dólares.

Já em países da Europa como Portugal e Reino Unido, a média de preço é de 10 euros para essa espécie.

Por que é proibido o hamster roborovski no Brasil?

Em 1998, o Ibama publicou a Portaria número 93, em que proíbe a importação de espécimes vivos de diversas espécies de animais.

As espécies proibidas estão listadas no artigo 31 dessa Portaria, e incluem animais da ordem Rodentia, popularmente conhecidos como roedores. Esta é a maior ordem de mamíferos do mundo, que abarca desde camundongos até a capivara, passando por esquilos, castores, marmotas e porco-espinho.

Dessa forma, inclusive, fica proibida a importação de espécies de hamsters que já são comercializadas no Brasil, como o hamster sírio e o anão russo. Essas espécies, porém, já estavam no país antes da publicação da Portaria, e assim, continuam disponíveis para compra. 

Ao mesmo tempo, a Portaria apresenta uma lista de animais considerados domésticos pelo IBAMA, em que não consta nenhum desses tipos de hamster. Conforme o documento, o único hamster considerado doméstico no Brasil é o Cricetus cricetus, conhecido como hamster comum, ou hamster do campo europeu.

Muita gente alega que isso demonstra falta de conhecimento por parte do IBAMA, visto que o hamster comum é agressivo e não costuma ser domesticado.

Além disso, o argumento principal para a proibição da importação dessas espécies é o de preservar a fauna nativa do país. O órgão alega que algumas espécies podem se tornar invasoras e, assim, comprometer o meio ambiente e as espécies nativas.

Porém, quem conhece os hamsters domesticados em outros países dizem que essas espécies não representam uma ameaça real. Uma espécie como o hamster roborovski, inclusive, dado o seu tamanho e fragilidade, dificilmente sobreviveria em meio à fauna brasileira.

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